Roberto Montenegro
Considerando os custos envolvidos na prática da meliponicultura, é comum que o meliponicultor decida fabricar suas próprias caixas para abelhas nativas. A iniciativa é super válida, mas alguns cuidados se fazem necessários.
A procedência da madeira é uma delas, pois se tiver recebido algum tratamento químico pode prejudicar o desenvolvimento das colônias ou até condená-las à morte. Tanto a cola utilizada como a pintura externa não devem conter solventes e deve-se dar preferência a produtos à base d’água.
Outro cuidado, fundamental à durabilidade da caixa, diz respeito à forma de efetuar os cortes na prancha de madeira. Os cortes sempre devem ser feitos no mesmo sentido dos veios da madeira, para prevenir futuros empenamentos.
Sentido dos veios da madeira (horizontal)
Efetue primeiro o corte no sentido dos veios da madeira
Em seguida, faça os cortes no sentido contrário
IMPORTANTE: Atenção à montagem das peças, principalmente da tampa e do fundo. A montagem incorreta poderá ocasionar empenos futuros e o surgimento de frestas que facilitarão a entrada de insetos (formigas, forídeos e outros). A resistência e a durabilidade da caixa também serão prejudicadas.
Obs: Geralmente as caixas “modelo INPA” (modulares) são utilizadas para espécies que utilizam discos de cria, pois facilita futuras divisões (desde que se utilize divisória entre ninho e sobreninho). As abelhas com sistema de crias em forma de cacho (lambe-olhos, marmelada, mocinha-preta e moça-branca) costumam ser criadas em caixas rústicas, mas também podem ser acondicionadas em caixas modelo INPA.